Ex-marido teve relação sexual com mulher 30 minutos antes de matá-la a tiros em MS, afirma polícia

Vítima de feminicídio estava no trabalho quando suspeito chegou e a matou com 4 tiros

Cinco testemunhas já prestaram depoimento na delegacia da mulher. As pessoas ouviram cerca de 5 a 6 disparos e uma delas arrombou a porta, encontrando a jovem na cama.


O ex-marido que matou a mulher a tiros em uma boate na madrugada deste sábado (11), na Vila Carvalho, em Campo Grande, teve relação sexual com a vítima 30 minutos antes do crime. Em seguida, os funcionários ouviram cerca de 5 a 6 disparos e um deles arrombou a porta, encontrando a jovem na cama. É o que afirmaram as cinco testemunhas, que prestaram depoimento há pouco na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).





"Ela estava trabalhando há três semanas na boate. Ele chegou, por volta das 3h (de MS). Depois, subiu com ela para um dos quartos e, até então, os dois estavam bem. As testemunhas disseram que ele manteve relação sexual com ela e, após meia hora, ouviram os disparos. Um dos funcionários, que seria o namorado de uma das proprietárias, arrombou a porta e a encontrou morta na cama", afirmou ao G1 a delegada plantonista Elaine Benicasa.

Conforme a delegada, João Gonçalves da Silva, de 39 anos, chegou a apontar a arma para a testemunha. "Ele saiu correndo com medo, pulou a sacada e retornou no quarto. Foi o momento em que esta testemunha constatou que o suspeito deu um tiro na própria cabeça. As outras funcionárias falaram que sabiam pouco sobre ela, apenas uma disse que sabia que o homem era ex da vítima", explicou.

Ex-marido matou mulher minutos após chamá-la para conversar em MS — Foto: Redes sociais/Reprodução

Na delegacia, a investigação apontou que Luana Pricila Oliveira Silva, de 26 anos, já tinha registrado dois boletins de ocorrência contra o suspeito, um por ameaça e outro por lesão corporal dolosa. Já na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca), havia um boletim por estupro de vulnerável em desfavor dele. Na ocasião, o homem teria estuprado a enteada, de 8 anos.





"Nós temos a informação de que eles possuíam um bebê de três meses em comum. No entanto, não conversamos com nenhum familiar e ainda precisamos confirmar com eles estas informações. Ele também possuía um mandado de prisão em aberto, creio que pela Deam e não pela Depca. Todas as informações serão checadas no inquérito de feminicídio seguido de suicídio", finalizou a delegada.

Mulher foi morta a tiros pelo ex-companheiro na madrugada deste sábado (11) — Foto: Redes sociais/Reprodução

Entenda o caso

O suspeito matou a tiros a ex-mulher após chamá-la para uma conversa, na boate onde ela trabalhava, na rua Olávo Bilac, Vila Carvalho. Em seguida, o homem deu um tiro na cabeça e foi encaminhado em estado grave para a Santa Casa. Pouco tempo depois, ele morreu.





A delegada plantonista da Deam informou que a vítima possuía medida protetiva contra o suspeito. Além de pessoas que trabalhavam no local, militares que atenderam a ocorrência também prestaram depoimento.


Fonte: G1

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